Estupro em posto abandonado, suspeito identificado e pedidos de prisão negados: entenda o crime registrado por câmeras no Paraná

  • 31/03/2025
(Foto: Reprodução)
Crime aconteceu em Paranaguá. Nathan de Siqueira Menezes, de 20 anos, se apresentou à polícia depois de 10 dias foragido e dois pedidos de prisão negados pela Justiça. Circuito de segurança gravou vítima gritando 'não' 11 vezes e sendo arrastada. Defesa de Nathan disse que não irá se manifestar. Mesmo com vídeo que comprova violência sexual, Justiça nega duas vezes a prisão do acusado Nathan de Siqueira Menezes, de 20 anos, está preso suspeito de cometer um estupro em um posto de combustíveis desativado em Paranaguá, no litoral do Paraná. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram O crime aconteceu no dia 23 de fevereiro e foi filmado por câmeras de segurança do imóvel, que também registraram em áudio os gritos da vítima. O mandado de prisão, entretanto, foi expedido no dia 17 de março. A Justiça aceitou o pedido de prisão na terceira tentativa. Nathan ficou foragido por dez dias até se apresentar à polícia no dia 26 de março. Em entrevista ao Fantástico, a vítima contou que deixou de sair de casa com medo de encontrá-lo na rua. O g1 procurou a defesa de Nathan, que não irá se manifestar no momento. Navegue nesta reportagem para entender a linha do tempo deste caso: Como a vítima conheceu Nathan? Como os dois se encontraram no dia do crime? Como a vítima foi levada até o posto? O que a vítima conta sobre o crime? O que Nathan disse no primeiro depoimento? Por que os pedidos de prisão foram negados? O que diz a defesa da vítima sobre a prisão negada? Como foi a prisão de Nathan e o que deve acontecer agora? Como a vítima conheceu Nathan? A vítima contou em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que os dois se viram pela primeira vez em uma academia, mas não conversaram. Depois, tiveram breves contatos por rede social. "Só responder stories mesmo", disse a vítima. Como os dois se encontraram no dia do crime? A vítima e uma amiga combinaram de assistir a uma apresentação em uma casa de shows de Paranaguá, no dia 23 de fevereiro. A mulher conta que viu Nathan somente no final do evento e que não sabia que ele estaria no local. Os dois conversaram pela primeira vez e se beijaram enquanto esperavam na fila para tirar foto com o artista. O beijo, naquele momento, foi consentido. Como a vítima foi levada até o posto? Homem é denunciado por estuprar mulher no litoral do Paraná Por volta das 5h, a vítima saiu da casa de shows e disse à amiga que precisava usar o banheiro, mas que não poderia entrar no local porque não estava mais com a pulseira que dava acesso ao evento. Nathan, então, ouviu a conversa e se ofereceu para levar a mulher até um posto. "Só que eu não sabia que era um posto desativado", a vítima lembra. Os dois caminharam alguns metros até chegar no espaço. O que a vítima conta sobre o crime? Vítima foi filmada sendo arrastada por Nathan. Reprodução/RPC A mulher lembra durante a entrevista que usou o banheiro e Nathan ficou do lado de fora. Quando saiu, ela conta que foi abordada por ele novamente. "Ele veio em seguida, começou a me beijar, só que nesse momento eu já não queria mais beijar ele. Só que ele continuou me beijando", ela explica. A câmera do posto gravou a vítima tentando sair de perto de Nathan e se agarrar à parede, mas ele segurou os braços dela e conseguiu arrasta-la até o banheiro. O circuito de segurança, que também faz captação de áudio, registrou a mulher dizendo "não" 11 vezes. Na entrevista, ela conta que foi imobilizada no banheiro e impedida de pegar o celular. A vítima foi filmada saindo correndo 13 minutos depois de ser levada para dentro do imóvel. Nathan saiu, em seguida, sem camiseta. Ela registrou um boletim de ocorrência na mesma madrugada e foi ouvida pelo delegado, assim como a amiga que a acompanhou. Ela também passou por exames na Polícia Científica. LEIA TAMBÉM: Tragédia: Cinco jovens que morreram após grave acidente no Paraná eram indígenas com idades entre 14 anos e 23 anos Imagens fortes: Homem perde controle de patinete elétrico ao cair da calçada e é atropelado por carreta, no Paraná Visita internacional: Olivia Rodrigo publica foto tomando água de coco no litoral do Paraná durante passagem pelo Brasil O que Nathan disse no primeiro depoimento? Em depoimento, Nathan disse que a vítima estava fazendo "charminho". Reprodução/RPC Nathan foi ouvido cinco dias depois, na delegacia. No depoimento, disse que não forçou a vítima a ter relações sexuais com ele. Quando a delegada relatou que a situação foi gravada e o questionou sobre ele ter arrastado a mulher para o banheiro, o suspeito disse que, mesmo negando, a vítima "ficava alisando" ele. "Como se fosse fazendo um charminho", Nathan disse em depoimento. Nathan também alegou ter ficado "em pânico" quando viu ela correndo. Por isso, deixou de ter contato pelas redes sociais. Por que os pedidos de prisão foram negados? No dia 25 de fevereiro, a Polícia Civil (PC-PR) solicitou a prisão do suspeito e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) se manifestou a favor. Dois dias depois, a Justiça negou o pedido, expediu um mandado de busca e apreensão para a casa do suspeito e determinou o uso de tornozeleira eletrônica como medida cautelar. A busca foi feita no dia 28 de fevereiro, quando Nathan foi comunicado de que deveria agendar com o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) a monitoração. O suspeito, entretanto, não cumpriu as medidas impostas pela Justiça. No mês seguinte, no dia 12 de março, o MP-PR ofereceu denúncia por estupro e pediu novamente a prisão de Nathan. A segunda negativa, um dia depois, foi justificada com o argumento de que não estavam "configurados os pressupostos autorizadores da prisão preventiva". O juiz também destacou que o suspeito poderia não estar ciente sobre a necessidade de tornozeleira eletrônica. No dia 14 de março, o MP-PR recorreu ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e o pedido foi aceito pelo desembargador. O mandado de prisão foi expedido no dia 17 de março. O que diz a defesa da vítima sobre a prisão negada? A advogada Thaise Mattar Assad lamenta as duas negativas da Justiça sobre a prisão de Nathan. Ela argumenta que, além da palavra da vítima, foram anexadas a gravação do posto de combustíveis e outras provas. "Esse caso ele é bastante peculiar. Ele se destaca dos demais casos de crime sexual, porque a maioria, infelizmente, acontece em quatro paredes, em lugares onde não há como se documentar efetivamente a prática do crime. E nesse caso não. Nesse caso sobram provas do que aconteceu", disse a advogada em entrevista à RPC. Como foi a prisão de Nathan e o que deve acontecer agora? Nathan de Siqueira Menezes, de 20 anos, suspeito de estuprar uma mulher em um posto abandonado Reprodução Nathan se apresentou à polícia no dia 26 de março, depois de ficar dez dias foragido. Ele está preso na delegacia de Paranaguá. No dia 8 de abril, ele deve passar por audiência de instrução e julgamento. Nathan responde pelos crimes de estupro e registro não autorizado da intimidade sexual, porque também é suspeito de fazer vídeos da vítima. Se condenado, a pena pode chegar a 11 anos de prisão. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Leia mais notícias do estado em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2025/03/31/entenda-crime-estupro-posto-paranagua.ghtml


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